7 de diciembre de 2007

Um chá nocturno sem pontos


O exilado caminha
o medo tira o gosto
do seu andar
O exilado esquece
sem que ele
saiba que
em silencio
renasce a flor
O exilado vacila
pois a celada semente
seu olhar apodrece
O exilado se mexe
pois é preciso
tocar de perto
o espejismo
que entrando em casa
desaparece
O exilado caminha
o exilado esquece
o exilado vacila
o exilado se mexe
Até o dia da
entrega ao sol
Até o dia
que o mesmo Amor
mude o tom
e a dimensao
de ruas e praças

Fuera del Agua



Cego o rosto que com soluços o amor não lava.
Os olhos inundados de cinza perderam a paisagem.
O fogo do coração subia formando nuvens que
se desfaziam em meus ouvidos ao entender suas palavras.
Como explicarias a um peixe o que é a água?

Tradução: Antônio Moura.